Exílio

Todos os dias ficam calmos
Depois que não há mais nada para se mover.
Todos os dias ficam iguais
Depois que as noites não fazem mais a diferença.

Todas as noites ficam vazias

Quando não há mais amor para dar.
Todas as noites ficam frias
Quando não há mais ninguém para amar.

Todas as portas se fecham

Depois que não há como sair.
Todas as rotas se encontram
Depois que não há mais para onde fugir.

Todos os dias, tendo que se acalmar

Todas as noites, sem ninguém para amar
Todas as portas, e não ter como entrar
Todas as rotas, e não poder escapar.

Autor: Edinei Lisboa/Argonauta021
Imagem: google



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