Henri de Toulouse-Lautrec, “Seule”, 1896 |
Andei cansado
Cansei e pareiNem mais um passo dei.
No chão cálido
Sob o céu pálido
Desabei.
Feito água esparramei
Em mágoa, em mim.
Não fecho meus olhos
Não vejo o fim.
Mas tudo escurece
Mesmo assim.
Então me aceito,
Descanso em meu leito.
Liberto meu peito
Bom ou ruim está feito.
De todo meu ego
Minh’alma se desfaz
No imenso vazio
Fico em paz.
Autor: Edinei Lisboa - Argonauta021
Imagem: Henri de Toulouse-Lautrec, “Seule”, 1896 - google
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