Lembranças



Foram o que são
São o que serão
Foram, mas não se vão
Vão, mas não voltarão.
Aqui, não estão
de lá, não virão.
Em constante ilusão
Atravessam o tempo,
Sem explicação.
Aqueles momentos
Que nunca retornam
E nunca se vão.



Autor: Edinei Lisboa / Argonauta021
Imagem: Google

Metáforas - do Livro Poesia, Prosa e Canção, de Edinei Lisboa - Chiado Editora


Quero ser mais forte que o vento
Mais bravo que o leão
Mais firme que uma grande árvore
Mais doce que o mel
Mais suave que brisa do mar calmo
Mais resistente que o aço. 


Quero fazer sorrir o mundo
Quero paz na terra e no meu coração
Quero voar pra bem longe
Ver o mar e mergulhar
Respirar em baixo d’água
Lavar a alma e sentir o céu. 

Quero colar os corações quebrados
E com um sopro apagar todas as marcas de tristeza.
Quero chorar de felicidade
Lágrimas doces e suaves.
Quero um abraço a cada momento
Quero um sentimento em cada abraço. 

Sonhar é o projeto do que se pode ajudar a fazer
É a forma de planejar o futuro
Não é utopia nem absurdo
Querer e realizar o seu desejo mais profundo
Se os obstáculos são um grande muro
Nem o de Berlim resistiu a um grande sonho.

( do Livro Poesia, Prosa e canção, de Edinei L. da Silva, Chiado Editora - Todos os Direitos Reservados) 
fonte da imagem: Google

Verdades


Se escrevo a dor que sinto?

Fernando Pessoa que melhor entende:
"... chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente..."¹

Se o que escrevo é sofrimento?

Cecília Meireles que melhor explica:
"...Não sinto gozo nem tormento
atravesso noites e dias, no vento..."²

Se o que escrevo é verdade?

Verdade seja dita:
- A verdade só é verdade
Pra quem nela acredita.




1- Trecho do poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa
2- Trecho do Poema Motivo, de Cecília Meireles
E o que sobrou, de minha autoria: Edinei Lisboa / Argonauta021
Imagem: Google 

Parceria Poeme-se & Blog do Argonauta. "O Amor é touch screen" - Germana Zanettine

          Por um mundo em que a literatura esteja sempre ao alcance de um olhar que o Blog do Argonauta e a Poeme-se se juntaram em uma parceria. Onde quem ganha é o leitor. 
       Recebi esta camiseta com um trecho de um poema de Germana Zanettini.
         
Germana Zanettine (Porto Alegre, 1984) é poeta, tradutora e jornalista. Ganhou em primeiro lugar o concurso da Poeme-se no qual este trecho: "Não tire seus dedos de mim, baby. O amor é touch screen". 
       Logo, logo haverá um sorteio de uma camiseta exclusiva da Poeme-se aqui, no Blog do Argonauta!

Se o seu mundo cair


Você sente que o mundo está a cair. Sua paz é tomada e no lugar dela ficam preocupações e desesperos.
Você perde o chão, porque não há como fugir.
O mundo desaba. E você precisa sobreviver, resistir. Principalmente se houver outras pessoas ao redor; cônjuge, filhos, todos acabam sentindo os seus mundos ruindo também.
Quando não consegue mais conter o dano é preciso administrar o estrago. Reconstruir. Talvez até recomeçar.
Só dá para iniciar após um fim. Isso é preciso aceitar.
E não adianta chorar, espernear...
Se ajuda a extravasar, vá em frente. Mas não perca tempo demais nessa atitude inútil, melhor é avaliar a realidade, tirar algo útil e trabalhar para conseguir seguir adiante.

E, quem sabe, ser até mais feliz que antes.

Autor: Edinei Lisboa / Argonauta021
Imagem: Google

Eu vi um menino...

         Hoje é com muita satisfação, que relembro e volto a publicar esse texto poético e profundo de um velho amigo dos tempos de escola:


Eu vi um menino...




Eu vi um menino que, de tão péssimo, às vezes, fazia-se necessário amarrá-lo para sossego alheio...
Eu vi um menino brincar com um barco de papel numa poça de água da chuva...
Eu vi um menino muito inteligente, que desenhava maravilhosamente bem e começou a ler muito cedo...
Eu vi um menino que morava em uma casa com muro amarelo e passava as férias na praia...

Eu vi um menino que subia em árvores, atirava de baladeira e jogava peteca, mas era péssimo com pipas...
Eu vi um menino que escondeu mais segredos, dores e rancores do que o seu rosto podia mascarar...
Eu vi um menino que era bom em tudo que fazia, menos em acreditar em si mesmo...
Eu vi um menino chorar escondido por anos, até que pudesse chorar na frente de outrem...

Eu vi um menino que adorava a comida da mãe, principalmente a carne assada e feijão com macarrão...
Eu vi um menino que odiava os irmãos, mas odiava mais ainda ficar longe deles...
Eu vi um menino que gostava de tudo que o pai gostava, porque queria ser igual a ele...

Eu vi um menino que não se tornou arquiteto, nem engenheiro, nem piloto, nem nada do que queria ser...
Eu vi um menino que se perdeu no meio do caminho, se perdeu tanto que não podia mais voltar...
Eu vi um menino que cresceu, cresceu e morreu, mas ainda vive na minha lembrança, correndo de lá pra cá...


Obrigado meu amigo por me deixar publicar aqui também esta profunda poesia. 

Autor : @MagnouereO Bloggus

Em busca da plenitude

Cai a noite, solidão
Raia o dia, ansiedade
Vem a tarde, frustração
Cai a noite, solidão

Raia o dia, esperança
Vem a tarde, realidade
Cai a noite, o corpo cansa
Raia o dia, liberdade

Vem a tarde, inquietude
Cai a noite, ilusão
Raia o dia, atitude
Vem a tarde, frustração

Cai a noite, realidade
Raia o dia, ilusão
Vem a tarde, ansiedade
Cai a noite, solidão
 
Raia o dia, vontade
Vem a tarde, razão
Cai a noite, verdade
Raia o dia, revolução.




Autor: Edinei Lisboa / Argonauta021
Imagens: Google

Por um mundo em que a literatura esteja sempre ao alcance de um olhar


É com alegria que o Blog do Argonauta anuncia a parceria com a Poeme-se, uma grife poética, uma empresa-verso que busca através de novos suportes espalhar poesia pelo mundo. Para isso, desenvolve camisetas, brindes e acessórios com trechos de poemas e versos de grandes nomes da literatura nacional e internacional capazes de unir a beleza da poesia com o que de melhor existe no mercado da moda.
A Poeme-se nasceu para colocar a poesia em movimento.
Poder ver literatura nas coisas simples da vida, cotidianas, com certeza ajuda a tornar a lida mais suportável, a mente se propões a pensar em coisas melhores que as mazelas da vida, comuns a todo ser humano. Como ao tomar uma xícara de café, se deparar com um trechinho de Fernando Pessoa, ou um pensamento de Nietzsche, ou Camões...
Sair vestindo poesia, sem dúvida, melhora o dia.
A literatura vem, desde os primórdios, trazendo conhecimentos históricos, mitológicos, fantásticos..., que por sua vez despertam a busca pelo descobrimento da própria alma humana.
A busca pela melhor descrição de um momento, um sentimento, um sonho, uma emoção, muitas vezes gerados pela própria necessidade de se expressar, do ser que sente, que vive, que tenta transmitir através de uma folha de papel, de um ato, de uma pintura, uma frase, um romance, um conto, um poema... a própria voz ou a voz de um clamor comum por mais formas de pensar, criar, agir e reagir.
Esteja onde estiver, leia! Literature-se! Poeme-se!
Por um mundo em que a literatura esteja sempre ao alcance dos olhos. Por mais leitores (pensadores). 
        Por mais atitudes sensatas no mundo.
                Leia mais!

Acesse o site da loja e veja as maravilhosas opções para ver e vestir poesia, arte e literatura. Tudo ao alcance de um olhar.
Brevemente será sorteada uma camiseta exclusiva da Poeme-se para os amigos do Blog do Argonauta. Aguardem!







Uma opinião sobre o livro: O Garoto, de Vinícius Thadeu Soares

     Logo no começo da história, ao se descrever o aniversário de cinco anos de Jimmi, fiquei intrigado com a desenvoltura do garoto, ainda garotinho, numa conversa com aquela menina inteligente chamada Alice, da mesma idade que Jimmi. 
   Foi deslumbrante o imaginar da cena. Os tempos distintos mostram as diversas versões desse garoto, por assim dizer, numa transformação emocional a medida que as coisas acontecem.
     A trama monta-se à base de constantes mudanças temporais, que variam entre o presente da história, ao ano de 1.990, e quinze anos antes, 1.975, que detalha como fora o romance vivido por Jimmi e Alice, na cidade de Caxias do Sul. Há também uma alternância mais radical no fator tempo, onde o leitor viaja vinte e sete anos atrás, a um singelo aniversário de cinco anos, do até então menino Jimmi. E apesar desta última mudança ocorrer raramente dentro da história, sua compreensão é de suma importância para o entendimento total da trama.

             É realmente uma leitura poética, repleta de palavras nativas do povo de Caxias do Sul. Isso transparece de modo a enaltecer a característica bem humilde, interiorana e batalhadora do povo local. Trazendo emoção que nos cativa e nos impressiona em alguns personagens.

        Aos poucos o livro foi conquistando um espaço na curiosidade e na simpatia pelos personagens principais, pois cada um tem sua luta sendo travada em meio a trama central da história. Uma bela história cheia de poesia, belas paisagens e personagens cativantes. Cada um travando sua própria guerra consigo mesmo em busca da sua felicidade ou do seu destino, em alguns casos, ambos. E isso não quer dizer que o que é bom para uns, seja bom para todos, mas entendi, ao longo da leitura que, não adianta viver infeliz, a infelicidade de uma pessoa inevitavelmente impede que as pessoas próximas a ela possam ser mais felizes, isso às vezes é difícil de aceitar.
       Eu me emocionei em alguns momentos da leitura, e acho que que se você ler também se emocionará.
         É uma ótima leitura. Recomendo.


O Garoto
Sinopse: Tudo se inicia com um telefonema; a partir de então, começa a desenrolar-se o passado de Jimmi Medeiros, um jovem e talentoso advogado; marido de Rafaela e pai de Ana Júlia, mas portador de mórbido e apático semblante. E esta indiferença, claramente mistura-se ao convívio em família, tornando expostos, conflitos e situações que se apresentam numa fria relação de lar. Descobre ele, que Alice, um antigo amor de adolescência, está acamada em estado vegetativo num hospital de Porto Alegre. Viajando à capital gaúcha, descobre que tudo o que acreditava de haver sido o curso natural da vida, não aconteceu, e um passado obscuro está por trás da inação daquela mulher.A trama monta-se à base de constantes mudanças temporais, que variam entre o presente da história, ao ano de 1.990, e quinze anos antes, 1.975, que detalha como fora o romance vivido por Jimmi e Alice, na cidade de Caxias do Sul. Há também uma alternância mais radical no fator tempo, onde o leitor viaja vinte e sete anos atrás, a um singelo aniversário de cinco anos, do até então menino Jimmi. E apesar desta última mudança ocorrer raramente dentro da história, sua compreensão é de suma importância para o entendimento total da trama.

Este romance desenvolve-se duplamente à base dos dois cursos de tempo em que a história é formada num todo.


  • Perfil do autor no site RECANTO DAS LETRAS; uma rede de escritores
    virtuais, onde o mesmo publica textos de forma gratuita, e está de livre acesso para todos.
  • Email: - viniciusts25@gmail.com

  




O privilégio de envelhecer


Muitos amigos se foram
Sem seus fios brancos ver
Não tiveram a chance
De envelhecer.

Há quem tema a idade
Mais que a própria morte.
Há quem tema que a morte
Chegue na mocidade.

O medo é um bom aliado
Ajuda a cuidar mais de si.
Aprenda com o passado
E deixe o presente fluir.

O futuro não existe
Quando chega já é agora.
Ser velho não é ser triste,
Triste é quando vão embora.

Deixam saudades, lembranças
E muitas histórias
Queria ter ouvido mais
Aprendido mais, desde criança.

E se Deus me der o Privilégio de envelhecer
Que eu tenha saúde e memória
Para viver e contar mais histórias
A quem se agradar de ouvir ou ler.

Autor: Edinei Lisboa / Argonauta021
Imagem: Google