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A felicidade contra o mundo

    
        A gente tem medo do que o futuro nos reserva. Sentimos medo de errar nas escolhas e decisões, mas o medo não nos deixa inertes, apenas mais cautelosos e prevenidos. Mesmo assim, o medo deve existir.
      Não dá para prever o "por vir". Não dá pra saber o que uma pessoa é capaz de fazer em um momento de desiquilíbrio emocional. Mas todo mundo precisa ter em quem confiar, alguém para amar e receber amor desse alguém.
      Relacionamentos felizes e duradouros são privilégios de poucos. Eu sei como é, e ela sabe também. A gente sofre na vida por não saber amar, por amar demais, às vezes por não saber ver o que certas pessoas são de verdade.
    Contudo, todo mundo precisa tentar ser feliz, sem prejudicar as pessoas, sem fugir das responsabilidades. A gente tenta ser feliz. E mesmo que tentativas tenham sido feitas e as expectativas insatisfatórias, a vida segue, a fila anda, o mundo gira e a gente precisa se virar, se adaptar. Tentar mais uma vez.
      O tempo e as experiências nos ajudam um pouco, mas não apagam as consequências, nem dos sãos, nem dos loucos. É preciso desfazer as divergências, respeitar as diferenças, admitir a devida culpa e assumir as responsabilidades.
      Por natureza, priorizamos nossas próprias necessidades que buscamos suprir com as pessoas que amamos, deixamos de enxergar o mundo com imparcialidade. Nada importa mais que a própria felicidade. É o erro grave da mente apaixonada, do amor que beira a insanidade. E isso não é privilégio de alguns, acontece com toda humanidade.


Autor: Edinei Lisboa /Argonauta021
Imagens: google