Era cedo. O Céu parecia triste. O Sol atrasou o quanto pôde o seu nascer, se escondeu nas nuvens densas, esperou que o Céu sentisse o afago do seu raiar, sutil e leve como a brisa do Mar.
E o Mar também estava calmo. Em respeito a tristeza do amigo. As nuvens seguravam as lágrimas que o Céu guardava consigo.
É triste se sentir só.
Uma tristeza, quando vem, a gente precisa sentir e deixar passar. Pois, se a gente tenta impedir, pior será quando transbordar.
Compadecidos, Sol e Mar faziam silêncio. Até o Vento passava devagar.
E ao sentir a presença dos amigos, solidários ao seu penar.
O Céu sorriu desajeitado. Não estava sozinho naquele lugar.
Autor: Edinei Lisboa
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